Em resumo, a sexualidade das mulheres tem um histórico conflituoso, que desencadeia uma série de problemas, como é o caso da anorgasmia feminina.
Segundo o Instituto Kaplan, em uma pesquisa realizada em 2003, 70 a cada 100 mulheres tinham dificuldades para chegar ao orgasmo. Em resumo, isso significa que mais de 70% das mulheres têm anorgasmia feminina.
Em um estudo realizado com 2.835 homens e mulheres no Brasil por Carmita Abdo em 2002, encontrou que os principais problemas sexuais em mulheres são dificuldade de orgasmo ( 29%) e falta de libido (34,6%).
Ou seja, mesmo que a anorgasmia não se desenvolva exclusivamente por mulheres, homens também podem incorrer nesse problema, mulheres são a maioria quando se trata de sintomas severos.
Por isso, separamos tudo que você precisa saber sobre o que é anorgasmia feminina e como tratá-la.
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ToggleAfinal, o que é anorgasmia feminina?
A anorgasmia feminina é a dificuldade (ou ausência total) recorrente ou persistente de chegar ao orgasmo durante uma relação sexual ou masturbação (estimulação sexual adequada), mesmo que haja atração sexual.
Além disso, para fechar o diagnóstico deve ter duração mínima de 6 meses com a frequência e intensidade orgástica baixa ou ausente e/ou orgasmo precoce ou tardio com sensação de prazer também reduzida ou ausente.
É preciso separar o que é anorgasmia feminina da completa falta de desejo. Quando a anorgasmia se faz presente a libido existe, está em alta, mas o orgasmo não acontece.
Quando não existe desejo, ou seja libido, não é mais ou não é somente anorgasmia feminina, e o diagnóstico precisa ser estudado, já que as causas são múltiplas.
A anorgasmia feminina pode ser divida em:
- Ao longo da vida
- Adquirida
- Generalizada
- Situacional: está limitada a certos estímulos, situações ou parcerias.
O que causa a anorgasmia feminina?
As causas para a anorgasmia feminina são variadas. Existem as orgânicas que são doenças, ou desconfortos causados por algum aspecto físico que faz com que a mulher tenha dificuldade de relaxar e chegar ao orgasmo.
Entre as causas orgânicas mais comuns para a anorgasmia feminina estão as alterações neurológicas, lesões medulares, esclerose, desequilíbrio hormonal, uso de medicamentos, desequilíbrios da musculatura íntima, problemas de atenção e hiperatividade, entre outros.
Também existe a anorgasmia feminina causada por situações emocionais e psicológicas, como a depressão, ansiedade, angústia acentuada, fadiga e estresse, baixa autoestima e percepção corporal, traumas, crenças religiosas e culturais.
Muitas vezes ocasionada por uma educação sexual negativa como consequência, dificuldade da comunicação entre parcerias gerando problemas de relacionamento. O problema sexual da parceria também pode gerar anorgasmia na mulher.
O alto consumo de álcool, cigarro e até mesmo dos remédios para depressão e ansiedade pode contribuir para o aumento dos desconfortos durante a relação sexual, retardando e/ou dificultando o orgasmo.
Conheça os 4 tipos de anorgasmia feminina
Em todo caso, a anorgasmia feminina é a associação de fatores emocionais e físicos que culminam na tensão muscular pélvica, diminuindo a sensibilidade dessa região, e até causando dores.
Separamos alguns exemplos dos tipos de anorgasmia feminina, para que com auxílio, você consiga identificar os principais fatores.
Anorgasmia ao longo da vida
A anorgasmia ao longo da vida é aquela em que a mulher nunca conseguiu chegar ao orgasmo, tanto sozinha, como em uma relação sexual, ou seja, quando a ausência ou falta de orgasmo (seja ela qual for) se faz presente desde o início da vida sexual da mulher.
Esse é o tipo mais associado à vivência da mulher. Já que muitas vezes os fatores determinantes são crenças e tabus limitantes que travam o relaxamento mental tão necessário para se chegar ao orgasmo. Associado a falta de autoconhecimento, percepção corporal sem sentir e perceber o próprio corpo.
Nesse caso, o mais comum são tratamentos que envolvam mais de um profissional, e que tem como base um tratamento fisioterapêutico, que promova o autoconhecimento corporal e a sensibilização positiva da região pélvica, como o encontrado aqui na Clínica Meg Martins, e o psicológico para apoio emocional, além das avaliações ginecológicas para descartar problemas relacionados a medicamentos ou alterações do sistema nervoso central (cérebro).
Anorgasmia Adquirida
A anorgasmia feminina adquirida acontece quando a mulher inicia a vida sexual sem problemas de orgasmo e a disfunção desenvolve-se após um período de funcionamento sexual normal.
É muito importante que seja investigado o motivo que levou a essa mudança para a indicação de um tratamento mais assertivo.
Muitas mulheres desenvolvem a anorgasmia feminina adquirida depois de algum trauma. Isso quer dizer que ela conseguia chegar ao orgasmo até aquele momento. Essa é uma das ocorrências mais comuns e que também pode ser tratada com eficácia.
Anorgasmia Generalizada
A anorgasmia feminina generalizada ocorre quando a pessoa não consegue ter orgasmo, independente da situação, parceria ou da qualidade e do tipo de estimulação
Neste caso, a mulher não apresenta orgasmo seja com a auto estimulação (automasturbação), seja no ato sexual com uma parceria.
É importante ressaltar que é comum mulheres não experimentarem o orgasmo por falta de conhecimento do próprio corpo. Além disso, outros motivos são por não conseguirem se tocar devido a tabus e crenças, por um repertório pouco estimulante da parceria.
Nessas situações, não é considerada anorgasmia. Entretanto, ainda assim, se faz importante realizar uma avaliação cuidadosa para entender a causa e o padrão de atividades e comportamentos dentro do relacionamento.
Muitos fatores emocionais e psicológicos agem para o desenvolvimento da anorgasmia feminina generalizada, como a alta necessidade de controle da situação, que deixa a mente dispersa e impede o relaxamento.
Mulheres que desenvolvem esse tipo de anorgasmia feminina têm muita dificuldade em relaxar nas mais diversas situações da vida e acabam levando isso para a sexualidade.
A total compreensão do corpo com fisioterapias específicas para o desenvolvimento da sexualidade, associada ao tratamento psicológico faz com que esses sintomas fiquem cada vez mais raros e que a satisfação aconteça.
Anorgasmia Situacional
A anorgasmia feminina situacional acontece quando a mulher consegue chegar ao orgasmo, mas com um parceiro ou situação a impede disso.
Isso pode acontecer por dores causadas pela tensão muscular pélvica, pela baixa hormonal que prejudica a lubrificação ou até mesmo por algum desconforto ou ansiedade que esteja associada ao parceiro.
Na anorgasmia feminina situacional é fácil encontrar o gatilho do problema e por isso o foco terapêutico tem que ser rápido.
O corpo tem todo um sistema de estímulos que provocam o orgasmo em situações diversas. Por isso, chegar ao clímax somente em uma situação específica. Isso indica uma disfunção a se tratar.
Como é o tratamento da anorgasmia?
Como as causas para a anorgasmia feminina são múltiplas, os tratamentos também são e podem ter uma eficácia ainda maior quando associados.
O foco principal do tratamento da anorgasmia feminina é o autoconhecimento. Conhecer o corpo, os estímulos e desconfortos são essenciais para uma vida sexual saudável.
Para isso, além das terapias psicológicas, a mulher pode contar com uma fisioterapia especializada. Isso porque ela ajuda tanto no desenvolvimento da região pélvica, proporcionando fortalecimento e sensibilização, quanto na conscientização muscular.
Nos casos de dores nessa região, a fisioterapia dá o suporte necessário para melhor funcionalidade da musculatura. A região pélvica é muito irrigada e precisa de cuidados especiais com o passar dos anos para que a vida sexual da mulher seja plena e satisfatória.
Por isso, em casos de anorgasmia feminina orgânica, o tratamento precisa se desenvolver de maneira multidisciplinar, com um profissional específico que atenda a demanda. Como é o caso das mulheres que sofrem com a esclerose múltipla.
Qual é a perspectiva para pessoas com anorgasmia?
A anorgasmia feminina tem solução quando tratada com seriedade por profissionais especializados na saúde sexual feminina, como é o caso da Clínica Meg Martins.
Assim que se entende a origem da dor ou desconforto, uma série de fatores precisam estar associados para a cura. Isso porque, além de tratamentos, é preciso criar hábitos saudáveis como a prática de atividades físicas e uma alimentação equilibrada.
Falar sobre saúde sexual feminina é falar de bem-estar em todas as áreas da vida. Em resumo, uma rotina leve, longe do estresse e da ansiedade proporciona uma sensação de relaxamento ao corpo. Ou seja, isso é essencial para o orgasmo.
Associe tratamento com mudança de hábitos para o fim da anorgasmia feminina.
Veja como a Clínica Meg Martins pode te auxiliar em casos de anorgasmia feminina
Agora que você aprendeu sobre a anorgasmia feminina, você precisa conhecer a Clínica Meg Martins – Sexualidade Funcional.
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