Você sabe como relaxar a musculatura pélvica ou os benefícios deste exercício? Benéfico para mulheres de todas as idades, o controle do assoalho pélvico é essencial para uma vida sexual mais saudável e, também, para a prevenção de incontinência urinária e fecal.
O assoalho pélvico, caso você ainda não esteja familiarizada com esse tema, é uma estrutura muscular formada pela pelve e pelo períneo. Quando está enfraquecido, interfere diretamente no bem-estar da mulher. Por isso, seu controle é essencial.
Abaixo, separamos algumas dicas para te ensinar como relaxar a musculatura pélvica, bem como três técnicas infalíveis que te ajudarão a ter maior controle da região. Vamos começar?
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ToggleVocê sabe como relaxar a musculatura pélvica?
Para realizar esse exercício, é necessário que a mulher embarque em uma jornada de autoconhecimento, uma vez que, para relaxar essa musculatura, é preciso conhecê-la intimamente.
Assim, você pode, com a ajuda e orientação de um profissional especializado, praticar exercícios como os de Kegel, massagem perineal e biofeedback, treino corporal além de se especializar na utilização de dilatadores que te ajudam a ter mais consciência da região quando esses se fazem necessários.
Além de ser benéfico para a saúde da mulher, o controle da musculatura pélvica pode contribuir para o tratamento do vaginismo, importante disfunção apresentada por inúmeras mulheres, mas que pode ser, com a ajuda da fisioterapia, curada.
No entanto, antes de continuarmos, é importante você conhecer a definição de vaginismo. Confira informações sobre o assunto no tópico abaixo, preparado pela equipe de especialistas da Cíclica.
Entenda o que é o vaginismo
O vaginismo é uma disfunção caracterizada pela contração involuntária dos músculos que compõem o assoalho pélvico, que pode ser tratado a partir do diagnóstico feito por um profissional ginecologista ou fisioterapeuta pélvico especialista em sexualidade.
Apesar de não ter uma causa provável, estudos indicam que, normalmente, o vaginismo está ligado a fatores psicológicos como, por exemplo, ansiedade, depressão e insegurança quanto ao próprio corpo.
Entre os principais sintomas do vaginismo, podemos elencar:
- Dificuldade de penetração vaginal associado a dor, medo;
- Contração involuntária dos músculos da vagina;
- Dificuldade para utilizar absorventes internos, como os populares O.B.;
- Dor durante exames ginecológicos como, por exemplo, o papanicolau;
Como o relaxamento da musculatura pélvica pode ajudar no vaginismo?
Se o vaginismo é uma disfunção que se caracteriza pela contração involutária da musculatura pélvica, aprender a relaxá-la é essencial para que você tenha mais qualidade de vida e possa aproveitar, com muito mais prazer, as suas relações sexuais.
Para além da esfera sexual, quando você controla a sua musculatura, você começa a fortalecer essa região e, consequentemente, consegue deixá-la mais saudável e apta com relação ao enfrentamento de problemas que podem surgir com o passar dos anos.
Por serem invisíveis e imperceptíveis, os exercícios que te ensinam como relaxar a musculatura pélvica podem ser praticados em qualquer lugar. De forma geral, eles consistem em conscientizar e perceber a região íntima, sugerir uma contração e em seguida focar no relaxamento rápido sem realizar o movimento de expulsào e, então, repetir o processo.
Exercícios de Kegel e Pompoarismo: qual a diferença?
Apesar de serem bem confundidos pelas pelas pessoas, o pompoarismo é uma prática milenar que visa melhorar o desempenho sexual, mas não é um tratamento. Já os exercícios de Kegel é baseado em evidência científica e, além de melhorar o desempenho sexual através do treino muscular, atua também como uma das técnicas que auxiliam no tratamento dos problemas pélvicos.
Os exercícios de Kegel são os famosos “contrai e relaxa” com o objetivo de melhorar a funcionalidade da pelve. Homens e mulheres podem praticá-los e, assim, aprender mais sobre como relaxar a musculatura pélvica, para terem mais controle sobre o próprio corpo.
Os exercícios de Kegel consistem, basicamente, em séries de contração e relaxamento ao longo do dia, orientados de acordo com a necessidade de cada paciente após realizada a avaliação dos músculos do assoalho pélvico.
Lembrando, pessoas com problemas urinários, fecais ou sexuais antes de fazerem exercícios íntimos devem passar por uma consulta de fisioterapia especializada, pois ao invés de melhorarem podem piorar o quadro se os exercícios forem realizados de forma inadequada.
Aprenda 3 técnicas que podem te ajudar a relaxar a musculatura pélvica
Geralmente, as técnicas para relaxar a musculatura pélvica não se fixam apenas no relaxamento; o que também é importante para a saúde feminina, principalmente no que diz respeito ao avanço da idade.
Abaixo, confira 3 técnicas de como relaxar a musculatura pélvica e trazer mais consciência para a região íntima.
Massagem Perineal para Vaginismo
A massagem perineal para o vaginismo, como o próprio nome sugere, é realizada na região do períneo, trabalhando a entrada do canal vaginal. Ela é uma excelente prática para mulheres gestantes a partir de 34 semanas de gestação e, também, para mulheres que sentem dor durante a relação sexual.
É um tipo de massagem conhecido por promover um relaxamento incrível da entrada vaginal, facilitando a penetração ou o parto, se for o seu caso. A massagem perineal para vaginismo é feita a partir de movimentos circulares e suaves na região.
Para executá-la, confira o passo a passo:
- Após higienizar as mãos, deite-se de maneira confortável ou fique sentada recostada com o bumbum para frente, afastando as pernas e apoiando os pés em uma superfície adequada;
- Utilize um espelho se quiser visualizar os movimentos;
- Utilize um lubrificante de sua preferência, aplicando-o nos dedos das mãos, na entrada da vagina e, também no períneo;
- Imagine a entrada do canal vaginal como um relógio (em direção ao clitóris ponto 12 e em direção ao ânus ponto 6 do relógio);
- Coloque a metade do seu polegar (até a segunda falange)na vagina e, em seguida, empurre suavemente o tecido do períneo para trás;
- Massageie a parte inferior da vagina, com suavidade, como se estivesse escrevendo a letra U;
- Em seguida, coloque a metade do outro polegar na entrada da vagina, se conseguir, e pressione o tecido perineal até o máximo que conseguir, por pelo menos 1 minuto em cada ponto (“pontos 5 e 7”do relógio)
Biofeedback para Vaginismo
Realizado somente com a ajuda de um fisioterapeuta especializado em saúde sexual da mulher, o tratamento com o Biofeedback para vaginismo costuma apresentar excelentes resultados.
O Biofeedback é, na verdade, uma máquina capaz de obter informações acerca da musculatura do assoalho pélvico, indicando contrações e relaxamentos em forma de gráfico, auxiliando o profissional a detectar problemas como, por exemplo, problemas na funcionalidade dos músculos íntimos.
É importante, em casos de vaginismo, que o tratamento utilize um Biofeedback Eletromiográfico, que consegue captar as informações por meio de adesivos, sem penetração. Dessa forma, a paciente não sentirá dor durante a prática.
Dilatadores para Vaginismo
Outra técnica utilizada para melhorar a conscientização e percepção do assoalho pélvico quando a paciente apresenta vaginismo é a utilização de dilatadores. Em resumo, quando introduzidos na vagina, acostumam a musculatura com a sua presença, para que a mesma possa relaxar e perceber a sensação dentro do canal vaginal.
É um tipo de tratamento que se realiza junto a um fisioterapeuta especializado ou em casa. Durante um momento de tranquilidade, você possa praticar os exercícios, sem interrupção.
Os dilatadores devem ser utilizados da seguinte forma:
- Relaxe o corpo e perceba a existência de cada um dos músculos do seu assoalho pélvico;
- Aplique um lubrificante de sua preferência no dilatador, para que o mesmo entre com mais facilidade;
- Inspire e expire tranquilamente quantas vezes forem necessárias;
- No início, utilize apenas dilatadores menores, que entrem sem provocar dor;
- Quando o dilatador estiver entrando dentro da vagina tente respirar calmamente e relaxar, sem tentar expulsar o objeto;
- Caso você se sinta confortável, movimente o dilatador em direções distintas, para que a musculatura se “acostume”;
- Com o passar dos dias, experimente dilatadores maiores.
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