Dor na Vulva: O que é, Causas e como Aliviar a Dor

Por incrível que possa parecer, muitas mulheres, em inúmeras faixas de idade, sentem dor na vulva, que pode ser identificada, também, como vulvodínia. Normalmente, a dor é constante, intermitente ou esporádica e pode piorar durante as relações sexuais ou com o uso de absorventes internos.

Trata-se de uma condição que não possui cura, mas oferece possibilidades de tratamento, com o objetivo de proporcionar uma maior qualidade de vida para as mulheres que convivem com essa dor localizada.

Entretanto, não são somente mulheres diagnosticadas com vulvodínia que sentem esse tipo de dor. Inúmeras situações como, por exemplo, passar muito tempo vestindo roupas apertadas, ou apresentar um quadro de infecção urinária e/ou candidíase de repetição, contribuem para intensificar a dor na vulva.

Neste post, a Clínica Meg Martins, clínica especializada em fisioterapia pélvica, falará um pouco mais sobre o tema, explicando o que é a dor na vulva, seus principais sintomas e causas e, também, os mais conhecidos tratamentos para a condição.

O que é a dor na vulva?

Como citamos anteriormente, uma mulher pode apresentar um quadro de dor na vulva por inúmeras situações. Entretanto, quando ela é causada por fatores que são, digamos, controláveis, como é o caso de alergias e infecções, possui uma resolução simples.

Em casos de vulvodínia, o quadro é mais complicado, uma vez que não exige somente uma mudança de hábito. O acompanhamento médico, fisioterápico, nutricional e psicológico, quando a vulvodínia é diagnosticada, é essencial.

A dor na vulva, na maioria das vezes, surge como uma pontada, fincada e/ou ardência  na região, e pode durar por pelo menos três meses. Em alguns casos, os momentos sem dor são raros, principalmente se o tratamento adequado não for seguido à risca.

O diagnóstico é clínico, não existem exames laboratoriais e de imagem para confirmar o diagnóstico.

sintomas de dor na vulva

Quais os principais sintomas?

Os principais sintomas da vulvodínia são:

  • Vermelhidão na região da vulva;
  • Sensação de queimação e ardência na região da vulva;
  • Sensação de pontadas na região da vulva;
  • Dores durante as relações sexuais ou na tentativa de utilização de absorvente interno ou durante o exame ginecológico;
  • Dores com uso da calça jeans apertada ou ao urinar após relação sexual.

 

Caso você perceba esses sintomas e, até o momento, não faz o tratamento médico adequado, é ideal que marque um horário com o seu ginecologista e, na consulta, converse sobre isso.

Muitas mulheres que convivem com essas sensações não recebem o diagnóstico correto, uma vez que há um certo tabu ao falar sobre a saúde íntima feminina. Por isso, é importante identificar os sintomas e, assim que possível, iniciar o tratamento.

Quais as principais causas de dor na vulva?

Na literatura médica, por mais que existam estudos avançados, não existe uma causa específica para a vulvodínia, entretanto é possível que ela seja percebida diante de:

  • Alterações hormonais;
  • Alterações neurológicas;
  • Dor neuropática;
  • Hipersensibilidade;
  • Recorrência de episódios de candidíase;
  • Recorrência de episódios de infecção de urina;
  • Traumas na região genital;
  • Fatores genéticos;
  • Alergias;
  • Longos períodos de estresse e ansiedade;
  • Alteração dos músculos do assoalho pélvico;
  • Excesso de oxalato de cálcio e glutamato no organismo.
  • Infecciosas (candidíase recorrente, herpes vaginal)
  • Inflamatórias (líquen eritematoso sistêmico, líquen plano, síndrome de Sjogren)
  • Neoplásicas (doença de Paget, câncer de vulva)
  • Neurológica (neuralgia pós-herpética – herpes zoster, ilio-inguinal, ilio-hipogástrico, genitofemoral e pudendo)
  • Trauma (mutilação genital feminina, parto vaginal recente, queda).
  • Iatrogênica (pós-operatório, quimioterapia/braquiterapia, radiação, terapias locais).
  • Deficiências hormonais (síndrome geniturinária da menopausa, amenorréia, amamentação).

 

Além disso, uma mulher pode apresentar dor na vulva após o uso de roupas apertadas, gravidez, ISTs, presença de cistos e, também, no quadro de vaginismo. Abaixo, confira mais informações sobre esses fatores que podem causar a dor localizada.

Candidíase e outras infecções vulvovaginais

Tanto a candidíase quanto outras infecções vulvovaginais podem levar a dor vulvar. Nestes casos podem  ocorrer mudanças no muco, cheiro, coceiras, entre outros. 

É importante realizar o acompanhamento ginecológico para definir o tipo de infecção e a indicação ou não de medicamentos.

Além disso, deve-se ressaltar que a nutrição e a fisioterapia pélvica têm apresentado bons resultados em pacientes com candidíase, seja no tratamento ou na melhora das consequências da dor vulvar.

Uso de roupas apertadas

Apesar de caírem muito bem no corpo, principalmente para evidenciar curvas e volumes, as roupas apertadas são inimigas da vulva e podem, sim, ser responsáveis pelas dores na região. 

Isso ocorre porque alguns tecidos barram a passagem de ar, fazendo com que a vulva fique mais quente e, assim, seja o hospedeiro ideal para fungos e bactérias que fazem mal à saúde feminina.

Então, sempre que possível, dê preferência a roupas e tecidos mais leves e naturais, que permitem que a área da vulva seja ventilada.

Gravidez

Muito comum a partir do terceiro trimestre de gravidez, a dor na vulva ocorre, principalmente, pelas mudanças musculares e hormonais no corpo da gestante.

Conforme o útero se expande, os órgãos e músculos vão ficando cada vez mais apertados e, neste momento, a dor na vulva pode surgir.

Apesar de ser bastante incômoda, essa dor não é prejudicial para a mãe, nem para o bebê. Então, o ideal é encontrar uma posição confortável e esperar os sintomas passarem.

Reações alérgicas

Reações alérgicas também podem fazer a dor na vulva aparecer, mesmo que durante um curto período.

Isso pode acontecer por dois motivos principais. Um deles é a alergia a um determinado tecido que cobria o local, o outro é a alergia a determinados produtos ou materiais.

Normalmente, quando a dor na vulva vem acompanhada por inchaço, coceira, vermelhidão ou ardência, é possível que ela seja causada por uma reação alérgica.

Infecções urinárias: uma das principais causas de dor na vulva

Vilãs de todas as mulheres, as infecções urinárias são uma das principais causas de dor na vulva.

Elas costumam aparecer diante de inúmeras situações, como, por exemplo: prender o xixi por muito tempo, tomar pouca água ou, ainda, não fazer a higienização correta da região.

Então, se você estiver sentindo dor na vulva e perceber qualquer alteração no seu xixi, provavelmente você está diante de um quadro de infecção urinária.

Infecções sexualmente transmissíveis

As temidas Infecções Sexualmente Transmissíveis, também chamadas de ISTs, também podem ser causadoras da dor na vulva. Para preveni-las, não se esqueça da camisinha!

Na maioria das vezes, entretanto, a dor na vulva não é o único sintoma. Você pode apresentar, na região, vermelhidão, feridas, corrimento e muito mais.

Por isso, se você observar que seu quadro de dor na vulva tem outros acompanhantes, é imprescindível que você procure um médico e inicie o tratamento. 

Presença de cistos

Cistos podem surgir em diversas partes do corpo, mas quando há presença de cistos na vulva, estes podem ser muito dolorosos e incômodos.

Caso você note qualquer alteração na anatomia da sua vagina, é importante consultar um médico e verificar o caso para fazer o tratamento adequado.

Os tratamentos para cistos podem ser feitos por meio de remédios via oral ou, também, por meio de cirurgias.

Ressecamento da vagina

Uma outra causa provável para o surgimento de dor na vulva é o ressecamento da vagina, causado por uma desregulação hormonal.

Quando a vagina não produz muco suficiente, é possível que a mulher sinta dor, principalmente durante relações sexuais.

Neste caso, o tratamento pode ser feito por reposição hormonal. Outra estratégia que pode ajudar é a utilização de lubrificante nas relações. 

Vaginismo

Vaginismo é uma doença rodeada de tabus, principalmente por surgir, muitas das vezes, durante episódios de distúrbios psicológicos, como ansiedade e depressão.

Normalmente, ela causa uma forte dor na vulva, além de contrações que podem impedir a penetração. 

É importante que, caso haja o diagnóstico de vaginismo, a mulher inicie um tratamento psicológico e, também, com remédios que podem ajudar a mitigar os efeitos da doença.

Alimentação e dor vulvar

Cada vez mais a nutrição funcional vem ganhando espaço nas disfunções pélvica, o que inclui a vulvodínia. Isso porque ela tem como objetivo avaliar a ingestão e eliminação das fontes de oxalato de cálcio.

Além disso, correlacionar os possíveis alimentos que possam estar piorando o quadro de dor vulvar e equilibrar o metabolismo de acordo com os exames laboratoriais.

E também paras tratar Cândida quando necessário, verificar possibilidade de sensibilidades alimentares, corrigir constipação intestinal e disbiose (alteração de flora intestinal) quando necessário, melhorar imunidade. 

Por isso se torna de grande importância o acompanhamento multidiciplinar quando se trata de dor na vulva.

tratamento de dor na vulva

Como é o tratamento da vulvodínia?

Como falamos anteriormente, a vulvodínia não tem cura, mas oferece inúmeros tratamentos que são benéficos para a saúde física, mental e sexual da mulher. Por isso, podem ser consideradas boas opções:

  • Abandono do uso de itens que provocam irritação alérgica;
  • Medicamentos para dor, antidepressivos e ansiolíticos;
  • Equilíbrio alimentar com acompanhamento nutricional;;
  • Acompanhamento psicológico;
  • Equilíbrio alimentar;
  • Acompanhamento psicológico;
  • Medicamentos tópicos;
  • Cirurgia;
  • Injeções para o bloqueio de nervos;
  • Fisioterapia pélvica.

 

A Fisioterapia Pélvica e a Terapia Cognitiva Comportamental (TCC) são os principais tratamentos confirmados por pesquisa como os mais eficazes.

Em resumo, caso você deseje apostar na fisioterapia pélvica, os profissionais que fazem parte da Clínica Meg Martins podem te ajudar. Isso porque garantimos que, mesmo lidando com essa condição, você tenha qualidade de vida e aproveite mais os seus momentos íntimos!

Aprenda dicas práticas para aliviar a dor na vulva

Existem algumas dicas práticas que poderão te ajudar a aliviar a dor na vulva, seja qual for a causa principal desse sintoma. Confira:

  • Sempre que possível, abra mão de calças muito justas e apertadas;
  • Utilize calcinhas brancas feitas de algodão;
  • Não utilize absorventes internos ou muito perfumados;
  • Higienize a sua vulva de forma suave somente com água e sabonete com pH compatível a região vulvovaginal;
  • Dê preferência a lubrificantes feitos a base de água, sem nenhum “plus”, para que a vulva não seja afetada;
  • Evite andar de bicicleta por muito tempo;
  • Não tome banhos quentes, pois a água em alta temperatura pode provocar a coceira;
  • Faça, com frequência, compressas frias na área genital.

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