O tratamento da endometriose é uma situação recorrente em mulheres em idade produtiva que sofrem com a presença do tecido endometrial fora do útero.
Só no Brasil, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que cerca de 15% das mulheres têm esse problema. Ou seja, mais de 7 milhões.
Por se tratar de um doença crônica – o que significa que possui tratamento mas não cura – é importante compreender o diagnóstico, cuidados e o possível tratamento da endometriose. Isso porque em casos mais graves ela pode pode atingir até mesmo órgãos externos ao sistema reprodutor feminino.
Por isso, a Clínica Meg Martins – Sexualidade Funcional trouxe este artigo exclusivo para você aprender sobre o tratamento de endometriose e tudo que envolve a questão. Confira conosco e boa leitura!
Conteúdo desse artigo
ToggleAfinal, o que é endometriose?
Acredita-se que a endometriose se caracteriza por parte de células endometriais expelidas após a ovulação – quando não acontece a fecundação – retornando para trompas, ovários ou outros órgãos da cavidade abdominal através de um refluxo. Ou seja, o tecido que reveste o útero (endométrio) e que deveria ter sua eliminação através da menstruação, não consegue seguir o fluxo normal de saída.
Na época da menstruação estas células sangram em locais indevidos, levando a processos inflamatórios e consequentemente cicatrização e aderência entre os órgãos. E são estas consequências que são as responsáveis por grande parte dos sintomas da doença.
Em resumo, ele pode aderir nas paredes dos órgãos reprodutores femininos e causar inflamações, nódulos e fibroses. Em casos mais graves, infiltrar órgãos externos e atingir até mesmo o coração.
Ainda é considerada com uma doença misteriosa, tanto em relação a sua causa como as suas consequências mais marcantes como a dor e a infertilidade.
A população mais afetada são mulheres jovens e no auge da vida produtiva, acredita-se que 10% delas.
De acordo com estudos da área de saúde, 9 em 10 casos causam lesões nas trompas, bexigas e no intestino.
De modo geral, o tratamento da endometriose se faz necessário porque, além de riscos para a saúde, a doença ocasiona dores e desconforto nas mulheres.
Tipos de endometriose mais comuns
Ainda que haja um padrão na ocorrência da endometriose, ela pode incidir com algumas particularidades nas mais diferentes partes do corpo.Entre os principais tipos e onde eles acontecem estão:
- Cavidade abdominal: é a mais frequente, principalmente quando se trata de endometriose pélvica. Em resumo, ela envolve lesões na camada que recobre os órgãos do abdome (peritônio), a superfície uterina, próximo ao colo, trompas, ovários ou ainda no intestino grosso e bexiga;
- Endometriose umbilical: apresenta sintomas como nódulos no umbigo de coloração castanha, vermelha ou roxa e pode causar dores, secreções e sangue durante o período menstrual;
- Parede abdominal: tipo de endometriose muito comum, por exemplo, em cicatrizes de cesariana na região abdominal;
Há ainda casos em que a endometriose acontece, mesmo que de forma rara, na cavidade toráxica. Em qualquer uma destas situações, a presença da doença depende da produção de estrogênios, que sofre alteração significativa durante os períodos menstruais.
Principais causas da endometriose
Antes de conhecer os tipos de tratamento da endometriose, é importante analisar o que dizem os estudos sobre suas causas. De modo geral, elas são desconhecidas mas há teorias que apontam para alguns fatores.
O primeiro deles é a teoria da regurgitação, que supõe que um gap na passagem do endométrio entre as trompas e a cavidade abdominal. Ou seja, as células endométricas têm seu fluxo comprometido por uma falta de ritmo padrão no processo.
Outra possível causa é a metaplasia do epitélio celômico, que é a transformação de células em outras estruturas. Se o processo não acontecer de modo regular, pode haver a inflamação ou estímulo inadequado do endométrio´.
Por último, é maior a frequência de endometriose em mulheres que iniciaram a menarca muito cedo ou a menopausa muito tarde. Além disso, ela também incide em maior número em famílias com histórico da doença.
Principais sintomas da endometriose
Os sintomas mais comuns da endometriose são:
- cólica menstrual severa durante a menstruação aumentando a cada ciclo menstrual,
- dor pélvica crônica que piora na fase pré-menstrual
- incapacidade funcional (para realizar as atividades do dia-a-dia) devido dor intensa
- dor durante a relação sexual
- infertilidade
- aumento do número de evacuações durante o período menstrual e com a progressão da doença
- sangramento ao evacuar
- aumento da sensação de querer evacuar e dificuldade para evacuar
- dor ao urinar
- urgência para urinar
- dor na região lombar
- desconforto abdominal
Com o agravamento do quadro, as dores podem se tornar acíclicas, ou seja, fora do ciclo menstrual.
Endometriose: tratamento e diagnóstico
Após conhecer as principais causas e características da endometriose, é necessário a compreensão sobre seu diagnóstico. Isso porque, é através dele, que se estabelece o melhor tipo de tratamento.
Em resumo, o diagnóstico da endometriose acontece pela análise do tecido através de uma biópsia. O procedimento costuma ser realizado após sintomas característicos, que também podem ser identificados na laparoscopia.
Em casos de fase inicial, a ecografia vaginal pode apresentar um diagnóstico assertivo, enquanto lesões acima de 5mm precisam de uma ressonância magnética nuclear (RMN).
O profissional médico irá entender, a partir dos sintomas, qual destes procedimentos é mais adequado para o diagnóstico.
A seguir, vamos conhecer os principais tratamentos para a endometriose.
Endometriose não tem cura mas tem tratamento
O tratamento da endometriose abarca o cuidado físico e psicológico, uma vez que a patologia afeta tanto a questão do corpo quanto da mente.
Por se tratar de uma doença crônica, o cuidado precisa ser constante, com acompanhamento médico adequado e em consonância com as necessidades da mulher. Ou seja, ele precisa considerar as queixas, faixa etária, interesse em ter ou não filhos, entre outros.
Tratamento clínico da endometriose
As condições da doença podem ser controladas através do acompanhamento de uma equipe transdisciplinar como:
- médico
- nutricionista
- fisioterapeuta pélvico
- osteopata
- educador físico e psicológico através de medicamentos específicos
- mudanças dos hábitos de vida como atividade física
- alimentação desinflamatória
- melhora do sono
- redução do estresse
- suspensão do fumo
Além disso, é necessário tratar as consequência emocionais e físicas (aderências, dor na relação sexual, dor ao urinar, perda de urina e/ou fezes, dificuldade para evacuar, dor emocional, entre outras).
Os tratamentos medicamentosos da endometriose exige o acompanhamento médico e clínico, uma vez que podem oferecer riscos para a saúde no caso de administração inadequada, superdosagem ou contra indicações.
Tratamento cirúrgico
O tratamento da endometriose através de cirurgia tem sua indicação apenas quando os sintomas são graves e podem interferir diretamente na qualidade de vida e saúde da mulher. Isso porque ele é invasivo e costuma ser a última alternativa médica.
De acordo com a gravidade do caso, existem as opções de cirurgia que preserva a fertilidade da mulher (conversadora) e outra que pode remover até mesmo ovários e útero (definitiva).
Fisioterapia pélvica para o tratamento da endometriose
Uma alternativa que, aliada a outras técnicas tem se mostrado bastante eficaz no tratamento da endometriose é a fisioterapia pélvica, além disso existe o tratamento de endometriose para gravidez também.
Isso porque a fisioterapia pélvica utiliza recursos que reduzem a dor através de massagem perineal, treino na região íntima, mobilizações e movimentos específicos (cinesioterapia) para melhorar a mobilidade do corpo e restaurar a postura, eletroestimulação, biofeedback, crioterapia, entre outros.
Dessa forma, é possível melhorar a qualidade de vida da mulher e permitir uma melhora significativa na saúde íntima.
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