A vulvodínia é uma patologia cuja principal característica é a dor crônica, que dura pelo menos três meses. Seus sintomas podem se percebem a qualquer momento espontaneamente. Ou ainda, quando a mulher se senta, anda de bicicleta, durante o ato sexual ou outros por atrito.
Ela recebe esse nome porque a sensação de dor acomete a vulva, que é a parte externa do órgão sexual feminino.
Trata-se de uma condição incurável, entretanto, com o avanço da medicina, da fisioterapia e dos métodos clínicos, pode ser tratada com o objetivo de garantir o máximo conforto possível para a mulher, minimizando, assim, os impactos negativos na rotina diária.
Para explorar o assunto, a equipe de especialistas da Clínica Meg Martins elaborou um artigo completo com as causas, sintomas e tratamentos para a vulvodínia. Confira, abaixo, o que é vulvodínia, suas causas, principais sintomas e tratamentos disponíveis!
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ToggleAfinal, o que é vulvodínia?
Como explicamos anteriormente, a vulvodinia é caracterizada por dor crônica, é uma condição que faz com que a mulher sinta dor intensa e queimação na região da vulva, ou seja, ardor na região da genitália externa sem a presença de alterações físicas objetivas que justifiquem estes sintomas, com duração superior a 3 meses.
Esta queimação pode ser generalizada ou localizada, espontânea ou provocada. Por esta ausência de alterações físicas objetivas e ter várias patologias que apresentam sintomas parecidos é considerada de difícil diagnóstico.
Além disso, a dor na vulva pode vir, ou não, acompanhada de vermelhidão, e costuma durar vários dias, tornando-se um verdadeiro tormento para quem vive com essa condição.
Ela pode ser observada de forma generalizada ou localizada, e deve ser diagnosticada ao sinal dos primeiros sintomas, a fim de que o tratamento adequado seja iniciado.
Quais as causas vulvodínia?
As causas da vulvodínia ainda é uma patologia pouco explorada por pesquisas e ensaios científicos, mas existem estudos iniciais que elencam, como possíveis fatores de riscos:
- Alterações hormonais, como a diminuição da produção de estrogênio;
- Alterações neurológicas, dor neuropática hipersensibilidade;
- Recorrência de episódios de candidíase;
- Recorrência de episódios de infecção de urina;
- Traumas na região genital;
- Fatores genéticos de propensão;
- Alergias;
- Longos períodos de estresse e ansiedade;
- Alteração dos músculos do assoalho pélvico;
- Excesso de oxalato de cálcio e glutamato no organismos;
- Diminuição dos receptores estrogênicos da mucosa vestibular;
- Anormalidades de desenvolvimento embrionário;
- Disfunção dos músculos do assoalho pélvico;
- Neuropatias relacionados ao herpes zoster;
- Episiotomia;
- Estiramento do nervo pudendo;
- Fatores psicoemocionais (estresse, ansiedade, depressão);
- Impacto psicosocial e religioso (abuso, religião, educação rígida/repressora).
Principais sintomas da vulvodínia e diagnóstico
Onde há dor, algo está errado. Por isso, ao perceber esse sintoma característico, a busca por um especialista deve ser feita de forma imediata.
Entretanto, além da dor, mulheres que convivem com vulvodínia costumam apresentar:
- Vermelhidão na região da vulva;
- Sensação de queimação na região da vulva;
- Sensação de fincada na região da vulva;
- Dores durante as relações sexuais;
- Dores na tentativa de utilização de absorvente interno;
- Ardência tanto em toda vulva, quanto em pontos específicos;
- Ardência com o atrito da calça ou short apertados;
- Ardência ao lavar o genital no banho e ao passar o papel para secar a urina após urinar.
O diagnóstico é feito, inicialmente, por um médico ginecologista a partir do método de exclusão de outras doenças que possuem sintomas semelhantes.
Para confirmação do diagnóstico de vulvodínia, o especialista pode realizar um teste do cotonete, no qual o médico pressiona o item na vulva, em busca de pontos de dor, para determinar o tipo da patologia e, assim, oferecer os melhores tratamentos.
Tipos
Como dissemos anteriormente, podemos sinalizar a existência de dois tipos de vulvodínia, a localizada e a generalizada.
Confira, abaixo, as principais diferenças entre elas:
Vulvodínia localizada
A vulvodínia localizada é caracterizada pela dor em uma área específica da vulva, chamada de clitorodinia (dor no clitoris), vestibulodinia (dor na entrada da vulva, no vestíbulo) e hemivulvodinia (dor em um lado da vulva).
Normalmente, mulheres que convivem com a vulvodínia localizada se queixam de dor crônica na região, principalmente durante o ato sexual.
Vulvodínia generalizada
Por sua vez, a vulvodínia generalizada costuma afetar diversas áreas da vulva, como, por exemplo, monte pubiano e grandes e pequenos lábios vaginais.
A vulvodínia generalizada é marcada por constante sensação de queimação em toda vulva.
Diferenças entre a vulvodínia espontânea, provocada e mista
Os tipos de vulvodínia localizada e generalizada se dividem em subgrupos chamados de vulvodínia espontânea, vulvodínia provocada e vulvodínia mista.
Primeiramenta, a vulvodínia espontânea é caracterizada pelo aparecimento dos sintomas, como o próprio nome diz, de forma espontânea. Ou seja, não é necessário que haja nenhum atrito no local para que a paciente sinta dor.
Por sua vez, a vulvodínia provocada, também como fica explícito em sua nomenclatura, ocorre a partir de contato na região. Ou seja, roupas muito apertadas e movimentos na área da vulva são fatores desencadeadores desse tipo de condição.
E, por fim, o diagnóstico de vulvodínia mista é feito a partir da presença da dor generalizada, a partir de contato ou de forma espontânea, em mais de uma área da vulva.
Tratamento da vulvodínia: Conheça as diferentes formas
Mesmo sendo uma condição pouco conhecida, até mesmo entre as mulheres, existem formas de tratar a vulvodínia para que a mulher viva com mais qualidade e bem-estar.
Algumas formas de tratamento são:
- Fisioterapia pélvica, tem como objetivo minimizar a dor e a irritação vulvar para melhorar a funcionalidade dos músculos íntimos, a hipersensibilidade e auxiliar na função sexual, melhorar a percepção corporal e genital, a elasticidade do canal vaginal, coordenação dos músculos do assoalho pélvico e musculatura acessória, dessensibilização da região, orientações específicas para reduzir a dor e a irritação vulvar, retorno a atividade sexual, entre outros, através de técnicas e equipamentos específicos.
- Injeções para o bloqueio de nervos, para interferir no processamento da sensação de dor;
- Cirurgia para a retirada do tecido do vestíbulo vaginal (procedimento exclusivo para mulheres que sentem dor intensas após tentativas dos demais tratamentos);
- Medicamentos tópicos, como pomadas e cremes aplicáveis na região da vulva;
- Abandono do uso de itens que provocam irritação, como perfumes, esfoliantes, cremes, sprays e mais;
- Medicamentos para dor, antidepressivos e ansiolíticos, para tratar a dor crônica e, também, os sintomas psicológicos desencadeados.
- Equilíbrio alimentar através do acompanhamento nutricional. Ou seja, com o balanceamento do oxalato de cálcio, pH vaginal, flora intestinal e glutamato
- Acompanhamento psicológico para controle da ansiedade
Aprendeu o que é vulvodínia? A Clínica Meg Martins pode te ajudar no tratamento da doença!
A vulvodínia pode ser incômoda para a mulher que convive com essa condição, mas existem formas de diminuir o impacto negativo causado por ela na vida da paciente!
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