Depoimento sobre vulvodinia – M.F.S. 31 anos

     Vulvodínia, M. F. S. 31 anos, diagnosticada em fevereiro de 2018.

     Olá, venho contar um pouquinho da minha história, acho importante que outras mulheres leiam meu depoimento e assim se sintam mais confiantes em iniciar um tratamento com esperança de que tudo der certo.           

      Foi assim que tudo começou, em 2017 comecei a sentir alguns sintomas que me incomodava na região da vagina, para ser sincera achava que era na uretra, pois na verdade não conhecia bem o meu corpo, observava que do nada sentia uma pontada dentro da vagina, mas que logo passava, mas confesso que me assustava com aquilo, pois sabia que não era algo normal. Com isso as pontadas começaram a acontecer com mais freqüência, logo procurei a minha ginecologista e relatei a ela os acontecidos, analisando os exames que havia feito recentemente a mesma disse que estava tudo certo com os exames e que poderia ficar tranqüila. Passando-se uns seis meses, além das pontadas comecei a sentir uma leve sensibilidade no intróito vaginal e assim comecei a urinar com mais freqüência, e junto veio uma infecção urinária, na verdade se tratava de infecção de repetição, sendo esta a última, me tratei e observei que após a infecção apareceu um novo sintoma de queimação, me levando a achar que o tratamento não havia dado certo, repetir os exames de urina de urina e estava tudo ok, nada de infecção.

    Então foi assim que procurei um urologista para que pudesse fazer uma avaliação se havia algo de errado, realizei alguns exames que descartaram qualquer infecção, ou seja, tudo certo . O tempo foi passando e a queimação aumentando, uma vontade de urinar constantemente, voltei a ginecologista e relatei tudo novamente disse que não agüentava mais conviver com aquilo, ela já sem entender me disse claramente que já não sabia o que poderia fazer por mim, perguntei mais uma vez o que pode ser doutora? Respondeu-me “sinceramente não sei”.

Sair do consultório arrasada chorei muito, como a dor e a queimação era espontânea e provocada com e.a.v 10, fui a procura de outra profissional que ao me avaliar e analisar os exames me disse o mesmo, chorei ali… Lembro-me que falei:  Doutora não consigo ter relações com o meu marido estou sofrendo muito, ela me olhou e disse para que procurasse uma psicóloga pois parecia que estava com depressão e que isso iria me ajudar muito, mas não esqueço quando tentou me convencer que aquela dor era psicológica.

     Esse dia foi horrível porque pensei que realmente se tratava de algo da minha cabeça. Como estava muito abalada a procura de um diagnóstico sem resultados, a queimação, ardência e pontadas foram aumentando chegando a ser insuportável. Diante disso tudo comecei a me isolar e a não querer sair que era o que eu mais gostava de fazer, mas uma força maior que não me deixava desistir me tirou daquela situação,  fui a procura comecei a pesquisar na internet e não encontrava nada que me relacionava as doenças que apareciam. Mas a palavra chave “pontadas” me levou até a vulvodínia, ao começar a ler me encontrei totalmente, assim me auto diagnostiquei.

     Pedir a Deus que me ajudasse a encontrar um profissional que entendesse e que tratasse a vulvodína, foi assim que encontrei a Meg Martins fisioterapeuta pélvica da equipe ComTato.

     O meu tratamento se deu com equipe interdisciplinar contando com fisioterapia pélvica, psicóloga, nutricionista e ginecologista. A equipe interdisciplinar facilitou muito o meu tratamento porque juntas discutiam sobre o meu caso e assim estudavam o que melhor se dava para o meu tratamento. Observei uma grande melhora com dois meses de tratamento, porém como estava muito abalada tive meus autos e baixos durante o processo, mas nada que me impedisse de prosseguir firme na minha tão sonhada melhora.  A fisioterapeuta Meg Martins, além de ótima profissional é muito humana, sendo este um fator muito importante, pois precisamos disto para iniciar esse nosso tratamento, me acompanhou durante toda resolução do meu caso, me encaminhou para ginecologista que prescreveu amitripitilina por no mínimo 6 meses.. Hoje estou de alta assistida, e com uma ótima qualidade de vida. Sigo atenta ao meu corpo aprendi a me conhecer como mulher, consigo me perceber melhor e entender que é um processo.

Horário de Funcionamento

Segunda – Sexta 07h – 20h

Sábado – Sexta 07h – 13h

Atendimento

Barro Preto/BH

e Online